Operação Café Real | Foto: divulgação
Baixada Fácil
A Operação Café Real, deflagrada na terça-feira (27/08), realizou fiscalizações em diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro. A força-tarefa é liderada pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e conta com a participação do Procon-RJ, da Polícia Militar, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e de Procons municipais. Em dois dias, foram apreendidas seis toneladas de café impróprio para consumo, além de diversas amostras recolhidas, que serão analisadas pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Ao todo, 34 estabelecimentos foram alvos da operação.
As equipes vistoriaram mercados e indústrias cafeeiras em municípios das regiões Serrana, dos Lagos, Norte, Noroeste, Sul Fluminense e também na capital. Em um dos locais fiscalizados, no município de Cordeiro, os agentes encontraram pacotes de café com selo da ABIC falsificado, o que acende um alerta sobre a sofisticação das fraudes.
O chamado “café fraudado” tem ganhado espaço após a alta no preço do produto original. Comercializado como café puro, ele, na prática, está em desconformidade com a legislação e pode conter impurezas ou adulterações. A Portaria 570/MAPA permite uma tolerância máxima de 1% de impurezas como cascas e paus, mas não admite a adição intencional de outros elementos, como milho ou grãos diversos, prática que representa engano ao consumidor e risco à saúde.
“Encontramos casos de falsificação de selos e adulteração do produto, estratégias utilizadas para enganar o consumidor. Nosso trabalho é impedir que essas práticas sigam acontecendo e assegurar que a população tenha acesso a um café legítimo e de qualidade”, destacou Gutemberg Fonseca, secretário de estado de Defesa do Consumidor.
O secretário reforçou ainda a importância das operações conjuntas: “Fiscalizações com foco em itens de grande consumo, como o café, são essenciais para proteger a saúde e o bolso do consumidor. O consumo de um produto adulterado pode causar problemas gastrointestinais e outros riscos à saúde, além de configurar um prejuízo direto para quem paga por um item que não corresponde ao que está no rótulo. Nosso compromisso é garantir transparência, segurança e respeito nas relações de consumo”, finaliza Fonseca.
