• Baixada Fluminense | 11/05/2025 - 12:23
Enviado por Demétrio Sena em

Dia desses dei por mim, que pessoas já me oferecem assento nos coletivos. Ao mesmo tempo, que no ano que vem terei carteirinha para viajar "de graça". As aspas, são porque também dou por mim, que meus impostos pagam desde sempre por isso. E que será um direito conquistado por viver tanto; assim sendo, contribuir tanto com os obesos cofres públicos.
Mas a minha reflexão não tem a ver com direitos sociais nem com tributos. Tem a ver com a percepção de que chegou minha hora de criar juízo. É tempo de aplicar o que aprendi ao longo das décadas; que tudo tem o seu tempo. Não por lei, por moralismo nem algo parecido, e sim, por preservação pessoal, física e psíquica. E sim, porque chega o tempo de olhar o mundo com mais profundidade, respeitar meus limites e poupar energias que desaceleram. 
"Velhice" não é a "melhor idade". O objetivo formal dessa classificação é hipócrita e eleitoreiro. Entretanto, não há como negar que tenha suas alegrias e vantagens. Não me refiro às viagens "gratuitas" e outros benefícios sociais para idosos. Refiro-me à utilização adequada da sabedoria que acumulei, ou pelo menos devia ter acumulado, até à meia idade. 
Com essa sabedoria, está na hora de namorar melhor o mundo e a vida, lado a lado com a minha esposa. Esse "quadrângulo" é saudável. Essa é a melhor orgia para quem, aos sessenta e quatro anos de idade, tem a sensação vivencial de duzentos anos. Não me refiro a fardo. Refiro-me a ter vivido todas as minhas escolhas e seus devidos preços. 

Demétrio Sena - Magé
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