• Baixada Fluminense | 18/12/2025 - 16:19
Enviado por Demétrio Sena em

DESENHOS GEOMÉTRICOS AFETIVOS

Demétrio Sena - Magé 

No campo das incertezas sentimentais, não é atitude honrada guardar sutilmente a vaga do certo enquanto experimenta o incerto. O direito de ir e vir não é lei, quando se trata do coração humano; das expectativas sinceras de um lado. Ninguém é nosso parquinho, programa alternativo, garantia ou plano b. Isso, a menos que esse outro também interaja como jogador, usuário, estrategista. Se todos jogam ou brincam espontaneamente, ninguém se fere, se constrange ou se anula. 

O nosso querer não é supremo. Nossa vontade não pode ser imperativa. Interativa, sim; imperativa, não. Se alguém está alheio ou sobrando em uma "brincadeira", enquanto espera pelo que decidiremos, a posição que assumimos é covarde. O nosso jogo é sujo, porque nos valemos do poder afetivo sobre o outro, como se fôssemos o seu dono. Triângulos ou além, devem ser igualitários e consensuais, em todas as suas pontas. Ninguém merece viver a expectativa ilusória da exclusividade que alguém prometa ou deixe, de alguma forma, subentendida.

Nas relações humanas, ninguém deve jogar por alguém. Todos devem ter suas cartas - ou pedras - sorteadas sem privilégios. Todas as pontas de qualquer desenho geométrico afetivo (ou apenas carnal) devem ter o mesmo valor, e de todos os jogadores, nenhum deve ser induzido a jogar como se o jogo não fosse, propriamente, um jogo. Se alguém "entrou de gaiato" em uma "roda", significa que outro alguém mentiu; manipulou; foi e continua sendo canalha.

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Respeite autorias. É lei 

 

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