Presidenta Dilma Rousseff e governo do Rio inauguram Arco Metropolitano
O Governo do Estado, em parceria com a União, entregou nesta terça-feira (01/07) o trecho de71,2 quilômetrosentre Duque de Caxias (BR-040) e Itaguaí (BR-101 Sul) do Arco Metropolitano, a obra estratégica mais importante do Estado do Rio nas últimas décadas. Em toda a sua extensão, a rodovia liga Itaboraí a Itaguaí, em um percurso de145 quilômetros. A via se conecta com todas as estradas federais em território fluminense, integrando ainda os municípios de Magé, Guapimirim, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica. A solenidade contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do governador Luiz Fernando Pezão.
“O que caracteriza o Arco é a imensa oportunidade que ele abre do ponto de vista da logística, ligando rodovias e porto. O Arco Metropolitano vai gerar oportunidades sociais e econômicas”, disse a presidenta.
Incluída em 2007 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a construção do trecho por meio da Secretaria de Obras e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foi iniciada em 2008 e custou R$ 1,9 bilhão. No percurso, foram realizadas obras de terraplenagem, drenagem pluvial, pavimentação e construção de 156 obras de artes como viadutos, pontes, passarelas e passagens subterrâneas.
“O Arco é esperado pela população fluminense há mais de 40 anos. Está é uma data histórica. A obra, que empregou mais de sete mil trabalhadores, vai ajudar a melhorar a mobilidade e o desenvolvimento da região”, afirmou o governador.
O Arco Metropolitano inclui ainda o trecho da BR-116 entre o entroncamento com a BR-040, em Duque de Caxias, e Santa Guilhermina, em Magé, em uma extensão de 22 quilômetros, seguindo por 25,2 quilômetros da BR-493 até a BR-101 Norte, na Manilha, em Itaboraí. A duplicação deste último trecho é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, cuja obra já foi contratada. Também integra a estrada um trecho de 26 quilômetrosda BR-101 Sul (Rio-Santos), já duplicado, entre o distrito de Itacuruçá, em Mangaratiba, e a Avenida Brasil, na altura de Santa Cruz.
‘O Arco Metropolitano articula grandes rodovias federais e é um anel de integração. Além da Baixada, a rodovia possibilitará atender o Vale do Paraíba e o Porto de Itaguaí”, explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, ressaltou a importância da parceria com os governos estadual e federal nas melhorias paras o município, como no caso do Arco Metropolitano. “O Arco Metropolitano irá integrar toda a Baixada Fluminense. Com a entrada em funcionamento desta via a mobilidade urbana de Caxias irá melhorar significativamente, pois serão retirados da Avenida Brasil e das rodovias Washington Luís e Dutra, entre 10 mil a 12 mil caminhões que cortam o município diariamente. A partir do Arco Metropolitano vamos criar um grupo de trabalho com o objetivo de captar empresas que queiram se instalar no entorno da via. Principalmente as de logística. Caxias é uma cidade privilegiada. Estamos perto de um aeroporto (Internacional Tom Jobim), dois portos (Rio de Janeiro e Itaguaí), e de rodovias que cortam o país”, disse.
Durante a solenidade de inauguração do Arco Metropolitano foi assinado também um convênio entre o Governo do Estado, Cedae e a Caixa Econômica Federal (CEF), para a implantação da adutora Guandu 2, no valor de R$ 3.4 bilhões que irá fornecer água para toda a Baixada Fluminense.
Também estiveram presentes ao evento a primeira dama estadual, Maria Lucia Jardim, o ex- governador Sérgio Cabral, o vice-prefeito de Duque de Caxias, Laury Villar, prefeitos de municípios da Baixada Fluminense, ministros, secretários estaduais, deputados federais e estaduais, vereadores e trabalhadores das empreiteiras responsáveis pela obra.
Mais de 30 mil veículos por dia
A estimativa inicial é de que mais de 30 mil veículos por dia usem a rodovia, atingindo 45 mil no ano de 2030. O Arco vai desafogar vias expressas de entrada e saída do Rio como a Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela e as rodovias Washington Luiz e Dutra.
A rodovia faz entroncamento com importantes estradas federais que cortam o estado ou têm o Rio como destino: BR-040 (Rio-Belo Horizonte-Brasília), BR-116 (Via Dutra), BR-101 (Rio-Santos), BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Rio-Bahia). A conexão com os grandes eixos rodoviários do país permitirá a reestruturação da malha viária da Região Metropolitana, melhorando a acessibilidade à capital e entre os municípios vizinhos.
Preservação de sítio arqueológico
Durante a construção, o Governo do Estado realizou aproximadamente três mil desapropriações e preservou 68 sítios arqueológicos descobertos no trajeto, além de construir oito viadutos sobre dutos da Petrobras e dois outros viadutos sobre um lago em Seropédica, habitat da rã Physalaemussoaresi, espécie ameaçada de extinção.
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