Vinte lutadores experientes e profissionais contra um peso pena capaz de derrotar o mais bem preparado dos combatentes. Este será o cenário do ‘MMA Contra a Dengue’, que será realizado no dia 27 de novembro em um octógono que será montado na Praça do Pacificador, em Duque de Caxias. Criado pelo Governo do Estado, o evento, com entrada gratuita, vai promover 10 lutas entre atletas nacionais e estrangeiros de Mixed Martial Arts em torno de um objetivo: o combate ao mosquito Aedes Aegypit. A ideia é alertar a população da importância de aderir à campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’, evitando, assim, a proliferação dos focos do mosquito e o surgimento de uma epidemia da doença.

Por Veronica Lopes

À frente da organização do ‘MMA Contra a Dengue’, com a Secretaria de Estado de Saúde, está Murilo Bustamante, primeiro brasileiro campeão no UFC e proprietário da Brazilian Top Team, de onde saíram atletas de ponta como Rodrigo Minotauro, Rogério Minotouro, Ricardo Arona, Paulo Filho e Rousimar Toquinho.

O que podemos esperar do ‘MMA Contra a Dengue’?
Acho que o Governo do Rio foi extremamente feliz com a iniciativa de levar um evento como esse a uma praça pública e associá-lo a uma campanha tão importante para toda a população. Além de estarmos usando um esporte em franco crescimento como o MMA para alertar sobre o combate a dengue, qual é a outra chance que moradores da Baixada Fluminense teriam para ver uma competição como essa ao vivo, com lutadores de primeiro escalão? É uma oportunidade única para todos nós e uma ação inédita no país. O card está ótimo, com atletas top, e a luta principal já foi definida. Teremos o brasileiro Glover Teixeira, destaque na categoria peso pesado, contra o norte-americano Ricco Rodriguez, ex-campeão do UFC na mesma categoria.

Quais são os outros lutadores que vão compor o card de lutas?
Isso ainda não está totalmente fechado, mas teremos ainda um sueco, um americano, um argentino, um paraguaio e outros 14 brasileiros. Boa parte deles já passou pelo UFC e por outros eventos internacionais.

Qual é a importância dos atletas e do esporte aderirem à campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’?
Acredito que é sempre positivo associar o esporte a causas positivas. Especialmente o MMA, que está em grande ascensão. Com isso, acho que vamos conseguir atrair a atenção da população, conscientizando da importância da prevenção ao mosquito. Esse evento vai ter papel fundamental nessa conscientização.

Como você vê o crescimento da popularidade do MMA no Brasil?
O MMA sempre foi cercado de muito preconceito aqui no país. Apesar de ter começado no Brasil, as pessoas achavam que era um esporte muito violento, até porque o nome antigo, Vale Tudo, não colaborava, era muito pejorativo. Com a vinda do UFC para o Rio em agosto, isso começou a mudar. As empresas passaram a querer patrocinar os atletas, as emissoras de TV se interessaram em transmitir os eventos. E a partir do momento em que isso acontece, vemos a abertura de possibilidades infinitas para o esporte, principalmente o surgimento de uma legião de fãs que, até então, não viam o MMA com bons olhos ou simplesmente desconheciam o esporte. Nos Estados Unidos, o UFC é o segundo evento esportivo com maior audiência na televisão, perdendo somente para o Superbowl, que é a final do campeonato de futebol. Aqui, acredito que vá acontecer o mesmo: os eventos de MMA vão perder somente pros jogos de futebol. Há também a previsão de ser produzido um reality show só com lutadores em um canal de TV aberta. Será uma ótima oportunidade de desmistificar o esporte e os atletas. Agora, o céu é o limite.