Jovens do Ecoclube Serra-Mar participam da Semana das Águas em Cachoeiras de Macacu
O Dia Mundial da Água foi comemorado com vários dias de atividades em Cachoeiras de Macacu. Dedicada à sensibilização, proteção e conservação dos recursos hídricos, a ‘Semana das Águas do Macacu’, evento organizado pela Prefeitura e parceiros, por meio das secretarias municipais de Educação e do Ambiente, ocorreu, de 19 a 21 de março, em diversos pontos da cidade. O primeiro ecoclube do município marcou presença, na Praça Manoel Diz Martinez, com a exposição itinerante ‘Da Serra ao Mar’.
Apresentada pelos 15 jovens que integram o coletivo, a mostra levou animais in vitro e informações ambientais ao público. Essa foi a primeira ação comunitária do grupo. O Ecoclube é uma iniciativa promovida pelo Projeto Sou do Mangue - uma realização da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), executado pela ONG Guardiões do Mar. O objetivo é fomentar o protagonismo jovem em prol das boas práticas socioambientais.
O processo de aprendizado e atuação dos jovens estão alinhados com temas pertinentes as suas localidades e são cocriadas com eles, de acordo com suas vivências.
Entre os principais problemas já identificados pelos jovens em suas comunidades estão serviços de saneamento básico precários, descarte incorreto de resíduos pela população, poluição de rios, mau uso da água e queima de lixo.
“Por meio do Ecoclube, o Projeto Sou do Mangue amplia os horizontes dos jovens apoiando a promoção da democracia participativa na construção das políticas públicas adequadas aos seus interesses, necessidades e aspirações. O jovem, como investigador de suas próprias práticas, engajado nos desafios colocados pela condição social é uma realidade possível. Essa é a nossa maior conquista!”, destaca Angela Soledade, pesquisadora do Projeto Sou do Mangue.
Primeiro Ecoclube Serra/Mar
Os ecoclubes constituem um movimento internacional de participação juvenil. Liderado pelos próprios jovens, os participantes articulam ações buscando a mudança da realidade das localidades onde estão inseridos por meio de campanhas de sensibilização e propostas que promovam a sustentabilidade.
Este é o primeiro Ecoclube Serra/Mar de Cachoeiras de Macacu, incluindo os jovens na discussão sobre a construção de um futuro mais justo, saudável e harmonioso para todos: pessoas e meio ambiente. Os participantes aplicarão o conhecimento de caráter socioambiental aprendido durante os encontros semanais, atuando de forma prática junto à comunidade em atividades diversas.
Parceria do bem
O Projeto Sou do Mangue, uma realização da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), com execução da ONG Guardiões do Mar, teve início em outubro de 2020, quando começou o trabalho de Restauração Florestal de 10 hectares de manguezais degradados, localizados na APA de Guapi-Mirim. O projeto tem duração de 48 meses e segue os mais rigorosos indicadores de qualidade ambiental, como a Resolução INEA n° 143 de 2017.
Diversas atividades foram realizadas, como: restabelecimento do fluxo da maré, roçada de espécies invasoras, transplante e plantio de mudas pertencentes às três espécies arbóreas nativas da região. Atualmente, a área encontra-se na fase de manutenção e monitoramento. Ao todo, foram plantadas 25.000 mudas. A ação conta com a parceria da Cooperativa Manguezal Fluminense para as atividades operacionais em campo, formada por membros da comunidade tradicional que reside na Baía de Guanabara.
Nessa nova etapa da parceria, com duração de 12 meses, a educação ambiental será utilizada como ferramenta para um trabalho de relacionamento comunitário com moradores de comunidades, direta ou indiretamente impactadas, pelo Gasoduto Itaboraí-Guapimirim (Gasig). O objetivo é sensibilizá-los e mobilizá-los para a disseminação de informações e boas práticas ambientais.
As comunidades atendidas pela parceria são: Alto do Jacu, Itambí e Sambaetiba, em Itaboraí; Parada Modelo e Vale das Pedrinhas, em Guapimirim; e Bonanza, São José da Boa Morte e Santana de Japuíba, em Cachoeiras de Macacu.
“Esperamos, que ao final da intervenção, os participantes das comunidades trabalhadas estejam melhor preparados para disseminar conceitos e boas práticas, levando aos seus familiares, vizinhos e amigos a importância do correto descarte de resíduos sólidos. Haja vista que, além do impacto estético e ambiental, eles trazem grandes riscos à saúde, além de comprometer os ecossistemas costeiros, em especial os manguezais da Baía da Guanabara, por conta da conectividade serra/mar”, explica o coordenador do Projeto Sou do Mangue, Guilherme Assis.