Saúde | 09 de fevereiro de 2021 - 20:07

Saiba quais os cuidados necessários com as gestantes e recém-nascidos na pandemia

Baixada Fácil
Saiba quais os cuidados necessários com as gestantes e recém-nascidos na pandemia

Se gestantes e recém-nascidos merecem cuidados especiais em seus primeiros dois meses de vida, em tempos de pandemia é necessário cautela redobrada. Nesses primeiros 60 dias já é indicado que a puérpera e o bebê permaneçam em casa, recebendo apenas familiares e amigos próximos até que o recém-nascido ganhe mais imunidade, receba as primeiras vacinas e a mãe possa se adaptar à nova realidade.


Mas, e em tempos de pandemia, o que muda nesse cenário?


Para Sofia Vargas, psicóloga infantil e redatora especializada em Alimentação, Higiene e Saúde do bebê para o portal GuiaDeBemEstar, o isolamento social deve ser ainda mais rígido tanto na gestação quanto no puerpério. “Embora não se veja um acordo por parte de toda a classe médica, o isolamento social rigoroso é o mais seguro para o recém-nascido, a mãe e também os avós, que geralmente fazem parte do grupo de risco”, afirma.


Durante a gestação, as grávidas deveriam trabalhar em home office e sair de casa somente para os exames pré-natais e consultas necessárias. Embora os riscos de complicações durante a gravidez sejam baixos, o isolamento e os cuidados de higiene são as formas mais seguras de evitar problemas relacionados ao Covid-19, como aconteceu com a médica e esposa do DJ Alok, Romana Novais, na sua segunda gestação. Os cuidados devem ser redobrados no terceiro trimestre para evitar a contaminação por corona e o contágio do bebê no seu estágio mais vulnerável.


“Depois do nascimento, os pais não deveriam receber visitas. Porém, na realidade muitas vezes a puérpera precisa de ajuda nos primeiros 15 dias, ou mais. Esse apoio também pode ser fundamental para o bem-estar da mulher. Nesse caso, é recomendado que a pessoa que ajude nesse momento, como a mãe da gestante, também cumpra isolamento junto com a família”, explica Sofia.


Segundo a psicóloga, as demais visitas devem ficar para após os dois meses de vida do bebê. E ainda assim, com alguns cuidados:

-Apenas os familiares mais próximos devem visitar o bebê nesse momento, como avós e tios da criança;

-Os visitantes devem ir direto de casa, de banho tomado e roupas limpas;

-A visita deve ser feita em um local bem ventilado, mantendo as janelas abertas para melhor circulação do ar;

-É indicado que tantos os pais quanto os visitantes façam uso de máscara facial e higienizem as mãos com álcool em gel;

-O distanciamento de 1,5 metro é indicado, portanto, nada de cumprimentos físicos;

-O bebê não deve ser segurado pelos visitantes. Essa medida protege a todos. Se os pais decidirem flexibilizar e permitir que os familiares segurem o bebê, eles devem estar de máscara e podem usar uma proteção na roupa, como um cueiro para que o recém-nascido não tenha contato com as peças do adulto;

-E claro, quem sentir qualquer sintoma, não deve fazer a visita.


Esses são cuidados que vão proteger a todos enquanto a vacinação não está disponível para a população. Embora as primeiras doses da Coronavac já estejam sendo aplicadas nas cidades da região, são os trabalhadores da saúde que recebem primeiramente. Depois disso, a prioridade é dos idosos com mais de 75 anos ou a partir de 60 que moram em asilos.


“De qualquer modo, a chegada da vacina não deve flexibilizar os cuidados com o coronavírus, ainda é preciso fazer o uso da máscara, do álcool gel e manter distanciamento, em todos os contextos sociais”, finaliza Sofia.