O Ponto Preto
Mais uma parábola me chega, nesta minha vida de catador de vagalumes.
E conta a história de um chefe que marcou uma reunião de funcionários responsáveis por alavancar a venda de produtos da sua firma para discutir o planejamento das novas ações e definição de metas a serem alcançadas.
Os funcionários voltavam de uma palestra que tinha transformado suas expectativas de retorno num grande fracasso, em face do seu desempenho atual e por circunstâncias que envolviam o momento do mercado e da instituição.
Sua origem é um livro de Huberto Rohden, outro sonhador que procura, no seu caminho, trazer mais luz para as criaturas.
O referido chefe abriu a reunião colocando na parede que servia para a apresentação de projetos e seus gráficos um grande cartaz em branco, tendo ao centro um ponto preto. E nada mais.
Perguntou ao funcionário mais próximo o que ele via e o funcionário respondeu;
- Um ponto preto, no meio de um cartaz em branco.
Fez a mesma pergunta ao segundo, que repetiu a resposta.
Perguntou ao segundo, ao terceiro e aos demais e a resposta foi, invariavelmente a mesma.
Ele então se disse estupefato!
Ao que os funcionários responderam com cara de surpresa, por não terem entendido a razão do espanto do chefe.
E o chefe prosseguiu:
- Eu lhes trouxe um magnífico cartaz em branco, com um ponto preto no meio, fazendo-lhe um contraponto e significado, e todos enxergaram um pequeno ponto preto, no cartaz, sem a menor importância...
E esta é a postura normal das pessoas. Descobrirem o que desqualifica um contexto. Com isso, perdemos a oportunidade de ver a vida pelo seu lado positivo.
Nós somos mestres em procurar o erro e o problema... E há outras formas de ver a mesma situação, extremamente mais proveitosas.