O Movimento Modernista Brasileiro
INFLUÊNCIAS ALIENÍGENAS NO PRÉ
E NO MODERNISMO BRASILEIRO
Em todo o mundo o Movimento Modernista, nas artes (música, artes-plásticas e literatura), surgiu no início do século XX, em estilos de épocas que continham certas características, depois ressaltadas e aprofundadas pelos modernistas.
Na França, no século XIX, o “Simbolismo” de Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Stéphane Mallarmè e Tristan Corbière já prenunciava a poesia moderna e influenciava os nossos simbolistas Cruz e Souza e Pedro Kilkerry, e mais tarde, século XX, os poetas franceses Guilherme Apollinaire, Paul Éluard, André Breton e os pintores Tristan Tzara, André Breton e Picasso e ainda Blaise Cedrars (pseudônimo do suíço Frédéric Sauser) viriam a deixar marcas em nossos Modernistas.
O Futurismo italiano de Filippo Tomasso Marinetti, que lançou o “Manifesto Futurista” em 1909 e, posteriormente, o cubo-futurismo russo de Vladimir Maiakovski, Vassíli Kamiênski, Vielimir Khlébnikov e Bóris Pasternak traçariam sucos profundos em nossos Modernistas. A influência desta escola europeia pode ser sentida na frase de Oswald de Andrade em relação a Luís Aranha: “É o meu poeta futurista”.
O Ultraísmo espanhol nas figuras do argentino Jorge Luís Borges, Ortega Y Gasset e Jisménez, já continha muito da poesia moderna espanhola. Na década de 1930, na Argentina, Borges se juntaria a Adolfo Bioy Casares e fundaria o Realismo Fantástico. Segundo Nélson Ascher: Luís Aranha em seu “Poema Giratório” as metamorfoses da cidade de São Paulo, nele descritas, assemelha-se as de Jorge Luís Borges em seu livro “Fervor de Buenos Aires”, de 1923.
Os modernistas portugueses Fernando Pessoa – amigo de Ronald de Carvalho – em seu heterônimo Álvaro de Campos, Almada Negreiros e Mário de Sá-Carneiro, até pela aproximação íntima da língua, são influência categóricas no nosso Modernismo.
O PRÉ-MODERNISMO BRASILEIRO
No Brasil, na prosa, os pré-modernistas Euclides da Cunha, com sua valorização do sertanejo em “Os Sertões” (1902), estudava-lhe a terra (clima, flora, seca e as causas do semideserto) e a raça, frisando a gênesis do sertanejo. Em Lima Barreto, no seu “Triste Fim de Policarpo Quaresma” (1915) emana a preocupação com a nossa forma específica de falar e analisando a sociedade suburbana. Já Graça Aranha viria a participar da “Semana de 22” e Monteiro Lobato colheu causos dos caboclos do Vale do Paraíba e depois criou a figura do Jeca Tatu (um tanto quanto caricaturesca), mas que cultivava a linguagem caipira como forma de identidade nacional, em um país fortemente agrícola e que se voltava para o urbano e as modernidades vindouras. O poeta Coelho Netto, de início criticado pelos Modernistas, depois teve sua preocupação com a exatidão vocabular reconhecida. Os romancistas-regionalistas também não deixaram por menos em um pré-modernismo que vinculavam o homem à região, como em “Luzia Homem”, de Domingos Olímpio publicado em 1903, Simão Lopes Netto com seu “Cancioneiro Guasca”, de 1910, impregnado de regionalismos gauchesco e ainda Afonso Arinos, que nos apresentou o sertanejo mineiro e sua forma de falar em “Tropas e boiadas”, de 1917.
O caminho estava pavimentado para a literatura, mas o movimento teria seu pontapé inicial nas artes-plásticas com Anita Malfatti, em 1917, quando expôs seus trabalhos inspirados no Cubismo europeu, o que causou estranheza ao crítico Monteiro Lobato, que a atacou no artigo “Paranóia ou Mistificação”, causando à pintora paulista uma crise de depressão, provocando a adesão de vários intelectuais em defesa da pintora paulista e da renovação da linguagem nas artes-plásticas e ainda na literatura, nesta última, também defendida por Monteiro Lobato, que só se opunha à nova linguagem com relação as artes-plásticas. Em 1912 Oswald de Andrade trazia em sua bagagem da Europa o “Manifesto Futurista Italiano”, logo depois, alguns poetas, que se destacariam no movimento, publicaram obras que ventilavam certas nuances que seriam aprofundadas no Movimento Modernista: Mário de Andrade publicou “Há uma gota de sangue em cada poema” e Menotti Del Picchia “Juca Mulato”, ambos em 1917, e Manuel Bandeira, a essa altura afastando da escola parnasiana, lançou “Carnaval”, em 1919.
A SEMANA DE ARTE MODERNA
A PRIMEIRA GERAÇÃO MODERNISTA (1922/1930)
A “Semana de Arte Moderna” se deu no dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, participaram Graça Aranha (conferencista da primeira noite e espécie de padrinho dos novos), Menotti Del Picchia (conferencista da segunda noite) Ronaldo de Carvalho (conferencista da terceira noite, os poetas Manuel Bandeira (que declamou o poema “Os Sapos”), Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Tarsila do Amaral, Cassiano Ricardo, Luís Aranha, Raul Bopp e Mário de Andrade. Di Cavalcanti expôs 11 obras e elaborou a capa do catálogo, o maestro Heitor Villa-Lobos tocou composições próprias e o escultor italiano Victor Brecheret, seria o responsável pela introdução da escola Modernista na escultura brasileira.
O “Grupo dos Cincos” formado por Tarsila do Amaral, Anitta Mafaltti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, seria o principal grupo organizador do evento “A Semana de 22”.
Em cada dia houve conferência, declamações, apresentações musicais como a de Heitor Villa-Lobos, que entrou de chinelos, tendo em vista que havia machucado o pé e não poderia calçar sapatos, além de exposições de artes-plásticas. O poeta paulista Luís Aranha (1901/1987), o único Modernista da 1ª geração que nasceu no século XX, participou da “Semana de 22” e publicou quatro poemas na Revista Klaxon (criado por Mário e Oswald) neste mesmo ano de 1922, mas nem por isso tem sua importância desmerecida. Contudo, nem todos que estavam ligados ao movimento participaram daquelas três noites, como Sérgio Buarque de Holanda e Prudente de Morais Neto, responsáveis, no Rio de Janeiro, pela revista “Estética”, publicada em 1924; Carlos Drummond de Andrade participou do movimento através da publicação “Revista”, 1925, em Belo Horizonte; Jorge de Lima só viria integrar o movimento em 1925 e Antônio de Alcântara Machado o aderiu em 1926 com o romance “Pathé-Baby”, prefaciado por Oswald de Andrade. O poeta mineiro Murilo Mendes só chegaria ao movimento publicando nas revistas modernista Terra Roxa, Outras Terras e Antropofagia. Também no Rio de Janeiro, o grupo liderado por Graça Aranha viria a criar, em 1927, a revista “Movimento”. Em Recife Gilberto Freyre promoveria, ainda em 1927, o “Primeiro Congresso de Regionalistas do Nordeste”. Em 1929, no Rio de Janeiro, Tasso da Silveira fundaria a revista “Verde”, porta voz do Movimento Modernista no estado.
Outros modernistas, um tanto quanto esquecidos pela crítica atual, podem ser citados dado a sua importância no início do movimento paulista, entre os quais Couto de Barros, Paulo Prado, René Thiollier, Manuel Villaboim, Godofredo Silva Telles, Motta Filho, Rubens Borda de Moraes e Tácito de Almeida, além de outros poetas de outros estados Augusto Meyer (Rico Grande do Sul), Augusto Frederico Schimidt e Cecília Merielles, ambos do Rio de janeiro.
Nas artes plásticas um grupo integrado por Tarsila do Amaral, Anita Mafaltti, Di Cavalcanti e Victor Brecheret, viria a formar a base do que seria ala das artes-plásticas do movimento.
O que é fato sacramentado é que nas décadas de 1920 e 1930 o movimento Modernista, na música, artes plásticas e literatura, tomou conta do Brasil, sempre com o intuito de romper com as escolas do passado, principalmente o academicismo e o convencional. Para tanto, o movimento calcou-se em alguns aspectos principais, tais como o verso livre, a linguagem coloquial, o nacionalismo (tanto no vocabulário quanto na sintaxe), o universo da cultura brasileira em primeiro plano (valorização da nossa cultura através do folclore, do primitivismo, como por exemplo, “Martim Cererê”, de Cassiano Ricardo em 1928) e a total liberdade de forma, sendo essas as bases principais que mais caracterizaram a escrita modernista, da primeira (1922/1930) e segunda (1930/1945) gerações, aprofundadas de formas diferentes na prosa e na poesia, em suas diversas variantes.
Com relação as suas variantes, estas ficariam latentes em cada grupo formado. A revista Klaxon, criada ainda em 1922, surgiu como porta-voz dos poetas paulista Mário e Oswald de Andrade. Como as divergências são comuns em cada movimento que surge, logo depois foram se desdobrando variados grupos, tais como Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, após o mesmo cria o “Manifesto Pau-Brasil”; Grupo VerdeAmarelismo, depois mudaria o nome para Grupo Anta (Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Raul Bopp e Plínio Salgado) e o grupo Antropófago, em decorrência do “Manifesto Antropófago”, de 1929, grupo esse que reunia Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Raul Bopp, Patrícia Galvão, Tarsila do Amaral, que havia exposto o quadro “O Abaporu”, primeira inspiração para a formação do grupo, que lutava por uma poesia caipira e primitivista, ainda calcando-se sobre o manifesto anterior, o “Pau-Brasil”.
A SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO (1930/1945)
Se na primeira geração os poetas obtiveram mais reconhecimento, na segunda geração os romancistas marcariam maior presença. Vale lembrar que clássicos como “Os Condenados”, de Oswald de Andrade, lançado em 1922 é considerado o marco no romance Modernista; “A Bagaceira” (José Américo de Almeida) e ainda “Macunaíma”, de Mário de Andrade, ambos de 1928, não ofuscariam a Escola anterior deste gênero (José de Alencar, Machado de Assis e Raul Pompéia), pelo menos a tal ponto como fizeram com a poesia, que predominou sobre a prosa nesta primeira fase.
Mas é com a segunda geração que o romance e o conto sustentariam a Escola Modernista. Autores como Graciliano Ramos com seu Regionalismo Nordestino calcado no psicológico dos personagens de livros como “Caetés” (1933), “São Bernardo (1934), “Angústia” (1936) e “Vidas Seca”, de 1938. Outro importantíssimo autor seria José Lins do Rego e sua com seus cinco volumes mapeando o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste: “Menino do Engenho” (1932), “Dodinho” (1933), “Banguê” (1934), “Usina” (1936) e “Fogo Morto”, de 1943. Na Bahia Jorge Amado dava início a temas como cacau, praia, negros, religião africana etc, em seus livros como “O País do Carnaval” (1932), “Cacau” (1933), “Suor” (1934), “Jubiabá” (1935), “Mar Morto” (1936) e “Capitães de Areia”, de 1937. O ponto alto do Romance-Regionalista-Modernista ficaria com o mineiro João Guimarães Rosa, através do qual a língua portuguesa receberia contribuições significativas em “Sagarana” (contos/1946) e em um ápice dele mesmo, em sua obra prima “Grande Sertão: Veredas”, de 1956.
Segundo o professor Carlos Barroca:
“Na literatura de Guimarães Rosa, ao contrário da maioria dos nossos escritores regionalistas, o sertão é visto e vivido de uma maneira subjetiva, profunda, e não apenas como uma paisagem a ser descrita, ou como uma série de costumes que parecem pitorescos. Sua visão resulta de um processo de integração total entre o autor e a temática. Dessa integração a linguagem é o reflexo principal”.
Sua obra prima “Grande Sertão: Veredas” traz no próprio título questionamentos da Escola Modernista.
Segundo o pesquisador Euclides Amaral:
“Os dois pontos (:) após o ‘GRANDE SERTÃO’ servem como explicação de que, apesar de grande, na realidade, o sertão, é formado por VEREDAS (atalhos, pequenos caminhos, os detalhes).
A primeira parte do título ‘Grande Sertão’ está no singular e representa a língua culta (coisa grande), rivalizando com ‘Veredas’, que está no plural (pequenos caminhos) e representa os pequenos desvios da língua, isto é, a contribuição milionária de todos os erros, a qual Oswald de Andrade havia se referido em 1924. Se no título o livro causa espanto, no conteúdo é uma escola modernista aos extremos, podendo abarcar diversas leituras, tais como antropológica, literária (as variações da língua, a fala e o interlocutor invisível para quem Riobaldo conta a sua história), botânica (a discrição da paisagem), filosófica (o bem e o mal nas dúvidas de Riobaldo), histórica e etnografia (a formação do povo do sertão mineiro), entre outras menos usuais”.
Por fim, em uma segunda fase de sua carreira, o escritor gaúcho Érico Veríssimo resgataria o melhor da tradição de seu conterrâneo Simão Lopes Neto, e lançaria sua trilogia “O Tempo e o Vento”, contando a saga de uma família gaúcha de sua origem no século XVIII até meado o início do século XX nos livros “O Continente” (1949), “O Retrato” (1951) e “O Arquipélago”, de 1961.
O TEATRO MODERNISTA DA SEGUNDA GERAÇÃO
Outro destaque desta segunda geração do Modernismo seria a atualização do Teatro Modernista, isto é, o abrasileiramento na forma de encenação.
As investidas de Oduvaldo Vianna em 1920, quando este abandona a prosódia portuguesa, abrasileirando a maneira de falar.
O carioca Joracy Schafflor Camargo montaria em 1930 “O Bobo do Rei” e aprofundaria as questões sociais em 1932, celebrizou-se com a montagem de seu texto “Deus lhe Pague”, no qual criticava a sociedade com seu personagem que enriqueceu pedindo esmola.
Oswald de Andrade também aperfeiçoaria o Teatro Modernista com os textos “O Homem e o Cavalo” (1934), “A Morta” (1937) e “O Rei da Vela”, de 1937, montada 30 anos depois.
Mas é com o teatrólogo pernambucano Nélson Rodrigues que realmente são inseridas mudanças na temática. As temáticas eram, em sua maior parte, nacionalistas e muito regionais, quando Nélson Rodrigues abre em suas peças uma discussão mais universalista.
Em Nélson Rodrigues as inovações assumem um caráter menos transitório e mais consistente. Ele explica toda a trama-incestuosa que existe em qualquer tipo de sociedade, demonstrando que a imoralidade e outros tipos de relacionamentos coexistem, podendo acontecer e ser aceitos. A traição, o ódio, o desprezo, assim como o amor, o carinho etc, são sentimentos e posições que assumimos para nos definirmos sentimentalmente perante o “outro”. Para o autor, o “homem” é nada mais, nada menos que um animal impotente-sentimental que precisa simbolizar e explicitar a sua condição, necessitando assim, do outro, para lhe dar sentido.
A obra teatral de Nelson Rodrigues situa-se com uma semântica singular no panorama teatral e suas características resumem-se em técnicas de linguagem cênicas, sendo elas: a dinâmica cinematográfica, a fotografia, o Rito Ditirâmbico e o palco como unidade do drama.
O crítico Sábato Magaldi, aproveitando algumas indicações do próprio autor, dividiu suas peças em quatro grandes blocos: Peças Psicológicas (A Mulher Sem Pecado/1941 e Vestido de Noiva/1943); Peças Míticas (Álbum de Família/1945, Anjo Negro/1946 e Dorotéia/1947); Tragédias Cariocas I (A Falecida/1953, Perdoa-me por Me Traíres/1957, Os sete Gatinhos/1958 e Boca de Ouro/1959) e Tragédias Cariocas II (O Beijo no Asfalto/1960, Bonitinha, mas Ordinária/1961 e Toda Nudez Será Castigada/1965).
A HERANÇA MODERNISTA
Na prosa destaco o escritor Antônio Fraga, que em 1945 lançou, pela Editora Macunaíma, o livro “Desabrigo”, considerado por Antônio Callado o primeiro livro escrito em gíria totalmente carioca. O livro também seria louvado por Oswald de Andrade:
“O que há, não é post-modernismo e sim a nova literatura do Brasil. Veja: na prosa a maturidade da semana está aí, em Clarice Lispector, em Guimarães Rosa, em Antônio Fraga”.
Em 1957 Antônio Fraga, cunhado e amigo de Nélson Rodrigues, produziria o texto “Moinho e”, outra pérola de sua lavra, desta vez para o teatro, mas nunca encenado.
Voltando a Oswald de Andrade, é com o seu texto “O Rei da Vela”, de 1937, que o diretor e ator Zé Celso Martinez Correa causou espanto em 1967, deflagrando uma série de influências, por exemplo, na atitude de um novo movimento musical e de artes-plásticas que ficaria conhecido por “Tropicalismo”, que por sinal, também declarava sua influência direta de Oswald de Andrade em seu “Manifesto Antropófago” de 1928. Nas letras pulavam as colagens fotográficas e nas artes-plásticas Hélio Oiticica dava nome ao movimento, também integrado pelos poetas Torquato Neto, Capinan e Rogério Duarte. A parte musical era capitaneada por Gilberto Gil, Tom Zé, Caetano Veloso e Rogério Duprat, apoiados por Nara Leão, Gal Costa e Os Mutantes.
O dramaturgo Plínio Marcos havia trabalhado, como ator, na Companhia de Teatro de Patrícia Galvão no ano de 1958, ano em que escrevia sua primeira peça intitulada “Barrela”, não encenada por culpa da censura. Mas seria na década de 1960 que escreveria seus clássicos “Dois Perdidos em Uma Noite Suja” e “Navalha na Carne”, todas proibidas. Sobre isso o próprio dramaturgo daria um depoimento em 1973:
“Eu, há dezessete anos, sou um dramaturgo. Há dezessete anos pago o preço de nunca escrever para agradar os poderosos. Há dezessete anos tenho minha peça de estreia proibida. A solidão, a miséria, nada me abateu, nem me desviou do meu caminho de crítico da sociedade, de repórter incômodo e até provocador. Eu estou no campo. Não corro. Não saio. E pago qualquer preço pela pátria do meu povo".
Na poesia a influência Modernista deu-se mais claramente no movimento poético “Poesia Marginal”, do início da década de 1970, por esse nome reconhecido por boa parte da crítica, como Heloísa Buarque de Hollanda e Carlos Alberto Messeder Pereira, ou então, como preferia o professor Paulo Henriques Britto “Poesia Vivencial”. Sua principal forma é o verso livre e a renovação da forma a cada nova poesia com base nas experiências imediatas do poeta, aproximando-se assim do ritmo e da fala coloquial, tendo como precursores os poetas modernistas Oswald de Andrade e Luis Aranha. Entre os poetas mais conhecidos, desta tendência poética, destacam-se Leila Míccolis, Chacal, Charles, Bernardo Vilhena, Ronaldo Santos, Ronaldo Bastos (RJ), Glauco Mattoso (SP), Ledusha, Simão Pessoa (AM) Nicolas Behr e Turiba (DF), Alice Ruiz e Paulo Leminski, além de outros que se engajaram como Cacaso, Geraldo Carneiro e Francisco Alvin.
A vanguarda paulista na virada da década de 1970 para 1980 também sofreria forte influência da poesia Modernista, principalmente os artistas que se reuniam no teatro Lira Paulista, que funcionou entre os anos de 1979 e 1986 na Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros, onde também surgiu o coletivo de artista Lira Paulistana, que incluía nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Luiz Tatit, José Miguel Wisnik, Vânia Bastos, Cida Moreira, Eliete Negreiros, Ná Ozzetti e Suzana Salles, além de grupos como Rumo, Língua de Trapo e Premeditando O Breque, cartunistas como Glauco e cineastas como Ribamar de Castro. Convém lembrar que “Lira Paulistana” foi o último livro de poesias feito pelo Modernista Mário de Andrade.
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