A Arte da Desmistura | 17 de julho de 2015 - 07:23

Caminhar é o melhor caminho

     - Deixa a vida me levar! 


     - Deixa o coração vazio! 


     Na trilha da sabedoria, há sempre inúmeras trilhas; mas nenhum atalho.


     Palavras são palavras, nas frases do compositor ou do filósofo.


     O taoísmo foi uma religião animista da antiga China. E guarda diferenças do Tao de Lao Tzu ou Lao Tsé.


     O Confucionismo, na outra vertente oriental, tangencia a visão ocidental e beira a uma filosofia política. Está envolvido com a ética social e considera a utilidade do uso da razão.


     Tao -> seria o caminho - logos - ou verdade, o sentido. É Deus, indiretamente.


     Te - > seria vida, energia. O ser. A Natureza.


     Tao Te king, portanto, o Sentido de Vida.


     A sabedoria ocidental, representada mais marcadamente pela filosofia grega, dos sofistas e seu ceticismo, a Demócrito e Platão, fechando o ciclo em Aristóteles, procura fazer uma leitura do mundo voltada para sua explicação; a filosofia como visão de mundo, a partir de um  aspecto modelar. Platão abraça esta escolha e coloca fora do homem sua evolução, como diante de um espelho, onde o homem simula a realidade. O real é a cópia. O discurso portanto fala do homem e pelo homem. Do homem ideal. O virtual, platônico, inalcançável, na Terra.


     Lao Tsé fala sempre do âmago. O eu puro, que não se mistura, numa primeira abordagem, com o eu pessoal; visto pelo indivíduo como sua verdade, como sua consciência. Analogicamente, o além do ser, de Nietzsche.


     O eu é também inconsciente. E isto faz parte da nossa compreensão.


     Portanto todo saber é insuficiente.


     Trata-se de fazer o caminho, em vez de deixar-se levar pelo vento. E diante da mesmice e da imposição ilusória e autocrática atual, é mais uma vez, hora de não dizer nada! De nada adiantaria, porque seria invariavelmente objeto de contestação. E sempre será, se não houver alguém disposto a internalizar a questão, para só depois regurgitar, como o camelo que guarda seu alimento, para digeri-lo na hora mais apropriada.


     Ao fazer o caminho, somos a procura incessante do Tao, o Sentido de Vida.


       O caminho se faz, fazendo!  



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Sobre o autor

Ivan Wrigg Moraes é poeta, psicólogo, compositor, analista de sistemas, professor e articulista. Publicou cinco livros de poesia e uma antologia poética, dois de literatura infantil, uma prosa filosófica e quatro livros sobre história do teatro, além de ter gravado dois CDs solo (Lenha na Fogueira e Se Rolar, Rolou). Recebeu prêmio da UBE para o livro 3 x 4, de poesias.

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